O ex-aluno do MBA em Gestão de Projetos USP/Esalq Diego Messias de Freitas apresenta os principais insights do seu TCC “O uso de Dashboards na Execução de Projetos Correlacionados ao Meio Ambiente”.
Gestão de Projetos
Gestão de Projetos e Dashboards em Iniciativas Ambientais
Por Isabella Holouka
•
Publicado em 03/11/2025
•
6 minutos de leitura
•

A busca por práticas mais sustentáveis e eficientes está reformulando a forma como empresas planejam, executam e avaliam seus projetos. Dentro desse cenário, a gestão de projetos e o uso de dashboards interativos têm se tornado ferramentas essenciais para integrar sustentabilidade, transparência e performance operacional.
Na IMERSÃO COP30, o ex-aluno do MBA em Gestão de Projetos USP/Esalq, Diego Messias de Freitas, apresenta os principais insights do seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), intitulado “O uso de Dashboards na Execução de Projetos Correlacionados ao Meio Ambiente”.
Diego Messias de Freitas é Coordenador Corporativo de Meio Ambiente na Marfrig Global Foods, com mais de 12 anos de experiência em gestão ambiental, licenciamento e tratamento de efluentes. Com especializações em engenharia de segurança do trabalho e gestão de projetos, lidera projetos de certificação ISO 14001 e governança corporativa. Reconhecido por integrar sustentabilidade à operação industrial, Diego promove inovação e eficiência em ambientes multiculturais.
Em sua pesquisa, Diego mostra como os dashboards podem revolucionar o acompanhamento de projetos ambientais e fortalecer a governança corporativa em sustentabilidade.
Dashboards como Ferramenta de Governança Ambiental
Segundo o especialista, o uso de dashboards é um avanço estratégico para empresas que buscam alinhar seus investimentos em sustentabilidade ao planejamento financeiro e às metas ESG.
“Com o uso de um robusto dashboard, fortalecemos a governança ambiental ao promover maior transparência entre os stakeholders e garantir que os investimentos em sustentabilidade estejam alinhados ao planejamento financeiro da companhia”, explica o especialista.
Os dashboards permitem integrar informações financeiras, operacionais e ambientais em um só ambiente visual, facilitando o acompanhamento de indicadores de desempenho (KPIs), como emissões de carbono, consumo de recursos naturais e cumprimento de metas ambientais. Dessa forma, gestores podem identificar gargalos, priorizar ações e tomar decisões mais rápidas e embasadas.
Desafios na Implementação de Dashboards Ambientais
A implantação de dashboards em projetos ambientais ainda enfrenta obstáculos significativos, especialmente no setor industrial. Diego ressalta que o sucesso depende de uma combinação entre competência técnica, integração de sistemas e mudança cultural dentro das empresas.
Entre os principais desafios estão:
- Definição de indicadores ambientais eficazes (KPIs);
 - Integração entre sistemas corporativos (engenharia, meio ambiente e finanças);
 - Capacitação das equipes técnicas para uso de ferramentas analíticas;
 - Resistência à mudança frente à adoção de novas tecnologias;
 - Atualização contínua dos dados para garantir a confiabilidade das informações.
 
“Superar esses desafios exige ações estruturadas, como treinamentos específicos, padronização de processos com base no ciclo PDCA, uso de ferramentas como o MS Project e reuniões periódicas de follow-up”, aponta Diego.
Quando aplicadas corretamente, essas práticas reduzem desvios financeiros, aumentam a previsibilidade dos resultados e consolidam a cultura de tomada de decisão baseada em dados, um dos pilares da sustentabilidade moderna.
O Papel do Gestor de Projetos Ambientais na Era da Sustentabilidade
O avanço das ferramentas digitais exige que o gestor de projetos ambientais assuma um papel cada vez mais estratégico e multidisciplinar.
De acordo com Diego, esse profissional deve dominar tanto as técnicas de gerenciamento (como o PMBOK® e o MS Project) quanto possuir habilidades analíticas e de comunicação para articular equipes, integrar dados e engajar stakeholders.
“A liderança colaborativa é essencial para superar resistências e promover a adoção de tecnologias inovadoras. A competência em gestão ambiental e a sensibilidade para os impactos socioambientais garantem que os dashboards não apenas otimizem a performance dos projetos, mas também contribuam para a sustentabilidade corporativa”, destaca o ex-aluno do MBA USP/Esalq.
Além disso, a visão sistêmica é indispensável para conectar os objetivos dos projetos às estratégias organizacionais, assegurando que as iniciativas ambientais estejam alinhadas às metas de longo prazo da empresa.
Gestão de Projetos como Vetor de Inovação e Sustentabilidade
A gestão de projetos tem se consolidado como um agente de transformação para negócios sustentáveis. Diego ressalta que aplicar metodologias estruturadas como o ciclo PDCA e as boas práticas do PMBOK® permite maior controle sobre prazos, recursos e riscos ambientais, além de garantir conformidade com legislações e políticas corporativas.
Essas práticas são essenciais para garantir que os projetos ambientais não se limitem a atender requisitos regulatórios, mas também gerem valor agregado para as empresas e a sociedade.
“A eficácia das iniciativas sustentáveis depende da capacidade de integrar planejamento financeiro, gestão de riscos e comunicação entre stakeholders. O uso de dashboards e decisões orientadas por dados são fundamentais para consolidar a responsabilidade socioambiental”, reforça Diego.
Dessa forma, a gestão de projetos evolui de um papel operacional para uma função estratégica, capaz de impulsionar a inovação e a eficiência nas cadeias produtivas.
COP30 e a Digitalização da Gestão Ambiental
Diante da COP30, Diego acredita em um novo impulso para a digitalização da gestão climática e o uso de dashboards tanto no setor público quanto no privado.
“A COP30 deve impulsionar a adoção de dashboards em projetos ambientais ao reforçar a importância da digitalização na gestão climática. Com o foco global voltado à transparência e à eficiência na execução de metas ambientais, ferramentas como dashboards ganham destaque por permitirem o monitoramento em tempo real e a tomada de decisão baseada em evidências”, afirma.
A tendência é que governos, ONGs e empresas adotem cada vez mais soluções digitais integradas, que possibilitem rastreabilidade, eficiência na alocação de recursos e conformidade com metas internacionais de sustentabilidade.
Além disso, dashboards podem se tornar instrumentos essenciais para o acompanhamento das metas pós-COP30, auxiliando na medição de resultados reais e na comunicação de avanços ambientais à sociedade.
MBA USP/Esalq: Formação que Transforma Carreiras e Impacta o Futuro
O case de Diego Messias é um exemplo de como o MBA em Gestão de Projetos USP/Esalq capacita profissionais para liderar transformações concretas no mercado. O curso oferece uma formação completa, preparando os alunos para enfrentar os desafios da sustentabilidade corporativa e da transformação digital.
Com aulas ao vivo, 100% online, e um corpo docente formado por professores da USP e especialistas do mercado, o programa conecta teoria e prática para formar líderes capazes de gerar impacto positivo nos negócios e no meio ambiente.
Compartilhe a IMERSÃO COP30
A IMERSÃO COP30 é uma experiência MBX online e gratuita promovida pelo MBA USP/Esalq e pelo Pecege, com o objetivo de ampliar o debate sobre sustentabilidade, inovação e o futuro dos negócios. Se você acredita que a tecnologia e a gestão podem transformar o mundo, compartilhe! Imersão COP30 MBX